Τρίτη 29 Μαρτίου 2011

Το σκάκι

Μ. Αναγνωστάκης

Έλα να παίξουμε.
Θα σου χαρίσω την βασίλισσα μου
( Ήταν για μένα μια φορά η αγαπημένη
Τώρα πια δεν έχω αγαπημένη )
Θα σου χαρίσω τους πύργους μου
( Τώρα πια δεν πυροβολώ τους φίλους μου
Έχουν πεθάνει καιρό πριν από μένα )
Κι ο βασιλιάς αυτός δεν ήτανε ποτέ δικός μου
Κι ύστερα τόσους στρατιώτες τι τους θέλω;
( Τραβάνε μπρος , τυφλοί , χωρίς καν όνειρα ) 
Όλα , και τ’ άλογα μου θα σ’ τα δώσω
Μονάχα ετούτον τον τρελό μου θα κρατήσω
Που ξέρει μόνο σ’ ένα χρώμα να πηγαίνει
Δρασκελώντας τη μια άκρη ως την άλλη
Γελώντας μπρος στις τόσες πανοπλίες σου
Μπαίνοντας μέσα στις γραμμές σου ξαφνικά
Αναστατώνοντας τις στέρεες παρατάξεις.

Κι αυτή δεν έχει τέλος η παρτίδα.

Σάββατο 5 Μαρτίου 2011

Όσο πιο πολύ αισθανθώ

Photo shows the author in 1914.

Όσο πιο πολύ αισθανθώ, όσο πιο πολύ αισθανθώ
σαν διαφορετικά πρόσωπα,
όσο πιο πολλές προσωπικότητες αποκτήσω,
όσο πιο έντονα, πιο στριγκά τις αποκτήσω,
όσο πιο ταυτόχρονα αισθανθώ μ΄όλες αυτές,
όσο πιο ομοιότροπα διαφορετικός, ανομοιότυπα προσεκτικός,
υπάρξω, αισθανθώ, ζήσω, είμαι,
τόσο πιο πολύ θα αποκτήσω τη συνολική ύπαρξη του σύμπαντος,
τόσο πιο πλήρης θα' μαι σ' ολόκληρη την έκταση του διαστήματος,
τόσο πιο όμοιος με τον Θεό, όποιος και να 'ναι,
γιατί, όποιος και να 'ναι, ασφαλώς είναι το Άπαν,
κι έξω απ' Αυτόν έχει μόνο Αυτόν, και το Άπαν γι' αυτόν είναι λίγο.

Πηγή: http://archive.enet.gr/online/online_issuH105es?pid=51&dt=13/06/2008

Afinal

Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,
Quanto mais personalidade eu tiver,
Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,
Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,
Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,
Estiver, sentir, viver, for,
Mais possuirei a existência total do universo,
Mais completo serei pelo espaço inteiro fora.
Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,
Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,
E fora d'Ele há só Ele, e Tudo para Ele é pouco.
Cada alma é uma escada para Deus,
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Para Deus e em Deus com um sussurro soturno.
Sursum corda! Erguei as almas! Toda a Matéria é Espírito,
Porque Matéria e Espírito são apenas nomes confusos
Dados à grande sombra que ensopa o Exterior em sonho
E funde em Noite e Mistério o Universo Excessivo!
Sursum corda! Na noite acordo, o silêncio é grande,
As coisas, de braços cruzados sobre o peito, reparam
Com uma tristeza nobre para os meus olhos abertos
Que as vê como vagos vultos noturnos na noite negra.
Sursum corda! Acordo na noite e sinto-me diverso.
Todo o Mundo com a sua forma visível do costume
Jaz no fundo dum poço e faz um ruído confuso,
Escuto-o, e no meu coração um grande pasmo soluça.
Sursum corda! ó Terra, jardim suspenso, berço
Que embala a Alma dispersa da humanidade sucessiva!
Mãe verde e florida todos os anos recente,
Todos os anos vernal, estival, outonal, hiemal,
Todos os anos celebrando às mancheias as festas de Adônis
Num rito anterior a todas as significações,
Num grande culto em tumulto pelas montanhas e os vales!
Grande coração pulsando no peito nu dos vulcões,
Grande voz acordando em cataratas e mares,
Grande bacante ébria do Movimento e da Mudança,
Em cio de vegetação e florescência rompendo
Teu próprio corpo de terra e rochas, teu corpo submisso
A tua própria vontade transtornadora e eterna!
Mãe carinhosa e unânime dos ventos, dos mares, dos prados,
Vertiginosa mãe dos vendavais e ciclones,
Mãe caprichosa que faz vegetar e secar,
Que perturba as próprias estações e confunde
Num beijo imaterial os sóis e as chuvas e os ventos!
Sursum corda! Reparo para ti e todo eu sou um hino!
Tudo em mim como um satélite da tua dinâmica intima
Volteia serpenteando, ficando como um anel
Nevoento, de sensações reminescidas e vagas,
Em torno ao teu vulto interno, túrgido e fervoroso.
Ocupa de toda a tua força e de todo o teu poder quente
Meu coração a ti aberto!
Como uma espada traspassando meu ser erguido e extático,
Intersecciona com meu sangue, com a minha pele e os meus nervos,
Teu movimento contínuo, contíguo a ti própria sempre,
Sou um monte confuso de forças cheias de infinito
Tendendo em todas as direções para todos os lados do espaço,
A Vida, essa coisa enorme, é que prende tudo e tudo une
E faz com que todas as forças que raivam dentro de mim
Não passem de mim, nem quebrem meu ser, não partam meu corpo,
Não me arremessem, como uma bomba de Espírito que estoira
Em sangue e carne e alma espiritualizados para entre as estrelas,
Para além dos sóis de outros sistemas e dos astros remotos.
Tudo o que há dentro de mim tende a voltar a ser tudo.
Tudo o que há dentro de mim tende a despejar-me no chão,
No vasto chão supremo que não está em cima nem embaixo
Mas sob as estrelas e os sóis, sob as almas e os corpos
Por uma oblíqua posse dos nossos sentidos intelectuais.
Sou uma chama ascendendo, mas ascendo para baixo e para cima,
Ascendo para todos os lados ao mesmo tempo, sou um globo
De chamas explosivas buscando Deus e queimando
A crosta dos meus sentidos, o muro da minha lógica,
A minha inteligência limitadora e gelada.
Sou uma grande máquina movida por grandes correias
De que só vejo a parte que pega nos meus tambores,
O resto vai para além dos astros, passa para além dos sóis,
E nunca parece chegar ao tambor donde parte ...
Meu corpo é um centro dum volante estupendo e infinito
Em marcha sempre vertiginosamente em torno de si,
Cruzando-se em todas as direções com outros volantes,
Que se entrepenetram e misturam, porque isto não é no espaço
Mas não sei onde espacial de uma outra maneira-Deus.
Dentro de mim estão presos e atados ao chao
Todos os movimentos que compõem o universo,
A fúria minuciosa e dos átomos,
A fúria de todas as chamas, a raiva de todos os ventos,
A espuma furiosa de todos os rios, que se precipitam,
A chuva com pedras atiradas de catapultas
De enormes exércitos de anões escondidos no céu.
Sou um formidável dinamismo obrigado ao equilíbrio
De estar dentro do meu corpo, de não transbordar da minh'alma.
Ruge, estoira, vence, quebra, estrondeia, sacode,
Freme, treme, espuma, venta, viola, explode,
Perde-te, transcende-te, circunda-te, vive-te, rompe e foge,
Sê com todo o meu corpo todo o universo e a vida,
Arde com todo o meu ser todos os lumes e luzes,
Risca com toda a minha alma todos os relâmpagos e fogos,
Sobrevive-me em minha vida em todas as direções!

After all, the best way to travel is to feel.
To feel everything in every way.
To feel everything excessively
Because all things are, in truth, excessive
And all reality is an excess, a violence,
An extremely vivid hallucination
That we all live in common with the fury of the souls,
The center to which tend the strange centrifugal forces
That are human psyches in their harmony of senses.

*(from here to the end, translate by Google)
The more I feel, the more I feel like many people,
The more personality I have,
The more intensely, stridently I have them,
The more simultaneously to feel with all of them,
The more unified diverse, sparsely attentive,
Are, feel, live, be,
Longer I’ll get the total existence of the universe,
More complete I’ll be by the entire space outside.
More analogous to God I will be, whoever could he be,
Because, whoever could he be, surely is Everything,
And outside Him there’s only Him, and All for him is little (less).
Every soul is a ladder to God,
Every soul is a corridor-Universe to God,
Every soul is a river running through the margins of External
For God and in God with a grim whisper.
Sursum corda![1] Lift up your souls! All Matter is Spirit,
Because Matter and Spirit are just confusing names
Data to the large shadow that soaks the Exterior into dreams
And fuze in Night and Mystery the Excessive Universe!
Sursum corda! In night I wake, the silence is great,
Things, with crossed arms on their chest, observe
With a noble sadness to my open eyes
Which sees them as vague nocturnal shapes in the black night.
Sursum corda! I wake in the night and feel different.
All the World with its visible form of custom (as usual)
Lying at the bottom of a well and makes a confused noise,
I hear it, and in my heart a great stupefaction sobs.
Sursum corda! O Earth, hanging garden, home
That soothes the scattered soul of successive humanity!
Mother green and flowered all recent years,
Every year, vernal, summer, autumn, hiemalis
Every year celebrating with handfuls the festival of Adonis
In a ritual before all the meanings,
In a large cult in turmoil over the mountains and valleys!
Great heart beating in the nude chest of volcanoes,
Great voice awakening on cataracts and seas,
Great drunken bacchante of the Movement for Change,
In the heat of vegetation and florescence breaking
Your own body of sand and rocks, your submissive body
Your own will unsettled and eternal!
Lovely and unanimous mother of the winds, seas, meadows,
Vertiginous mother of gales and cyclones,
Capricious mother who makes vegetate and dry
That disturbs the stations themselves and confuses
In a immaterial kiss the suns and the rains and the winds!
Sursum corda! Repair for you and all I is a hiymn!
Everything in me as a satellite of your dynamic intimate

# I’m still working on it…
Returning winds, standing as one ring
Foggy, reminescidas sensations and vague,
Around to your major internal swelling and fervent.
Deals with all your strength and with all thy power hot
Open my heart to you!
Like a sword piercing my being lifted and ecstatic,
Intersects with my blood, my skin and my nerves,
Your continuous movement, contiguous to yourself always,
I’m confused a lot of forces full of infinite
Tending in all directions in all directions of space,
Life, this huge thing is that holds everything and everything une
And it makes all the forces that rage inside of me
Do not pass me or break my being, not start with my body,
Do not toss me like a bomb Spirit crashes
In flesh and blood and soul for spiritually among the stars,
Beyond the suns of other systems and remote stars.
All that’s inside of me tends to be re-everything.
All that’s inside of me tends to dump me on the floor,
Supreme in the vast ground that is not on top or bottom
But under the stars and suns, in the souls and bodies
For an oblique possession of our senses intellectuals.
I am a flame rising, but to ascend and down,
Ascendo for all sides at the same time, I’m a globe
Of flames and burning explosive search of God
The crust of my senses, the wall of my logic
My intelligence limiting and cold.
I’m a huge machine driven by large belts
I see that only the part that gets on my drums,
The rest goes beyond the stars, goes beyond the suns,
And never seems to get to where the drum part …
My body is an amazing center of a wheel and endless
Always in motion sharply around him,
Crossing in all directions with other wheels,
Which entrepenetram and mix, because this is not the space
But I do not know where space in another way-God.
Inside me are locked and tied to the ground
All movements that make up the universe,
The fury thorough and atoms,
The fury of all the flames, the rage of all winds,
The foam of mad all rivers that rush,
The rain of stones thrown from catapults
Huge armies of dwarfs hidden in the sky.
I am a formidable momentum required to balance
To be inside my body, not to overflow the soul.
Ruge, crashes, wins, cracking, rumbling, shaking,
Quivers, trembles, foam, venta, viola, explodes,
Lose yourself, transcend yourself, around you, you live, breaks and flees,
Be with my whole body all the universe and life,
Burns with all my being all lights and lamps,
Scratch with all my soul all the lightning and fires,
Survives me in my life in all directions!

[1] The Sursum Corda (Latin for “Lift up your hearts”) is the opening dialogue to the Preface of the Eucharistic Prayer or Anaphora in the liturgies of the Christian Church, dating back to the third century and the Anaphora of Hippolytus. The phrase “Sursum Corda” is generally translated as “lift up your hearts”, but the Latin literally just says “Up hearts” and the Greek version Ἄνω σχῶμεν τὰς καρδἰας means “Let us lift up our hearts.”

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